Ora toca a ler primiero a menina Polo Norte:
http://quadripolaridades2.blogspot.com/2011/09/aga-que-e-aga.html
Ao ler a Pólo Norte, pensei: como não reparei nestes pormenores antes? Vou finalmente tornar-me um homem de sucesso!
Depois de tão nobre “formação de sala”, decidi dar o passo e, finalmente, meti conversa com a loira que quase sempre toma o pequeno-almoço duas mesas à frente da minha…
A conversa foi natural, estava confiante e isso deu frutos. O jantar ficou marcado para esse mesmo dia.
Decidi ir buscá-la de táxi para impressionar, não fosse ela achar o meu desportivo cabrio uma extensão da minha masculinidade. Quando saí do carro, ela ficou realmente com ar impressionado. Tinha levado todos os conselhos ao pormenor: cabelo rapado, camisa preta aberta, mostrando por baixo o pijama de cetim da mesma cor sem qualquer bolso. O três primeiros botões do pijama também se encontravam abertos de forma a ela rapidamente verificar que não sou desses bimbos que usa fios de ouro, calça de ganga, sapatos de verniz preto de biqueira pontiaguda (nada de coisas quadradas), transformando à vista o meu 44 num 48,nas unhas tratadas um quase imperceptível verniz transparente. A fechar o quadro, por baixo do braço, o Guerra e Paz, o Folhas Caídas e o jornal A Bola para demonstrar sensibilidade e hábitos de leitura.
Ainda antes do fim do efeito surpreso, aproximei-me dela com os lábios esticados em biquinho (nada de coisas salivadas) e levemente dei um beijo em cada face. Como mandam as regras, abri a porta do táxi para a senhora entrar. Cometi um pequeno descuido tendo fechado a porta rápido de mais, felizmente só apanhei o tacão do seu sapato.
Entrei do outro lado e dei a indicação ao taxista, "siga para a David da Buraca”. Pelo caminho, questionei o taxista sobre o caminho que estava a seguir, obrigando-o a parar para eu perguntar a um transeunte se aquele era o melhor percurso para o “David”. O taxista ficou com cara de poucos amigos, mas o que interessa é que continuava a marcar pontos com a loira deslumbrante.
Chegados ao restaurante, fiz o pedido certo: uma de Cabrito Assado e uma de Feijoada à Buraca, coisas típicas, como se quer, para beber uma “Duas Quintas”. Aproveitei logo para meter a piada certa - “eu nunca sou homem de dar só uma”. Tentava manter a conversa animada mas ela parecia estar um pouco tímida. Sorri com os olhos tendo sido questionado se algo me tinha entrado para a vista. No entretanto, uma mosca pousou num copo. Era a oportunidade de mostrar o meu vigor perante os insectos, peguei na ementa e pumm!! Não falhei. O pior foi o copo partido no chão… Quando empregado veio questionar “estão prontos para comer?”, aproveitei logo para mostrar algum rigor no bem falar: “Meu caro amigo, não se diz prontos”.
Durante o jantar, o João ligou-me. Mais uma oportunidade para a impressionar: “Sim... João, desliga o telefone seu teso que eu ligo-te, sabes que tenho sempre mais de 500 euros de saldo no telemóvel”… sorri para ela... “Então? Que contas João? Olha não vais acreditar, conheci a gaja minha vida, estou a jantar com ela agora, amo-a de forma incondicional, vai ser a minha mulher!... Sim... ok... Depois falamos melhor! Abraço!”.
Ela estava literalmente de queixo caído e eu só pensava o quanto tinha de agradecer à Pólo Norte. Aproveitei o momento para a estocada final, saquei do meu iphone e, com o sorriso malicioso, passei-o para as mãos dela. No visor, uma loira de peitos avantajados numa cena de dupla penetração gemia a bom som. Ela pousou o telefone na mesa e olhava para mim de olhos esbugalhados... “Ela está a gostar, não está? Sabes, não sou desses que vê pornografia às escondidas. Para mim, tudo é natural. Gostas de dupla penetração? Olha, que com o meu M113 (nada de diminutivos para a minha arma) não cabe lá mais nada... Gosto de mamas grandes mas nada de silicone, prefiro sempre naturais com as tuas”.
Na sobremesa, afastei-me um pouco da mesa para ela ver que não sou gajo de cruzar as pernas. Acabei por lhe dizer: “Às vezes, queria ser gaja, sempre podia cruzar as pernas sem entalar o bacamarte”.
Fim dado à refeição, saquei do fio-dental porque gajo que é gajo não pede palitos. Ao pedir a conta, ela esboçou uma tentativa de ir à carteira… “Que merda é essa?! Não sei com que tipo de paneleiragem estás habituada a sair mas comigo quem paga a conta sou eu!”
Quando saímos do restaurante, algo de verdadeiramente estranho aconteceu. Perante o meu convite para irmos dançar e beber um copo ela respondeu: “ Obrigada, mas já chega, não mais vou esquecer esta noite. Foi tão impressionante que não quero repetir”. E saiu sem sequer partilhar táxi...
Sozinho deambulando pelas ruas da Buraca, pensava no que tinha corrido mal... Onde errei eu?... FODA-SE!!! O Old Spice! Perfumei-me com Old Spice!
21 de setembro de 2011
Dias de Garibaldo o Rico: Ensinamentos Polares
vomito metal de Garibaldo
Eu o Errante e um tal de Garibaldo a quem já chamaram Ernesto!
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19 de setembro de 2011
Aqueles Raros Momentos de Lucidez AZ
Gosto tanto de dormir que tenho pena de não estar acordado para apreciar melhor
vomito metal de Garibaldo
Eu o Errante e um tal de Garibaldo a quem já chamaram Ernesto!
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