16 de dezembro de 2004

Engate

- Oi como te chamas?
- Nan..
- Bonito nome…. sou Garibaldo também conhecido por Ernesto…
- Também gosto do meu nome...ao contrario o teu é de vomitar, assassinava a pessoa que me desse esse nome…
- Pouco simpático isso
- Pois é… sou mesmo uma cabra!
- Somos todos… todos filhos de um mudo prostituto de sentimentos…mas pronto..há coisa piores que o meu nome, podia ser da família do Paulo Portas ou do Alberto João
- Que lindo serias
- Sim..filho dos dois… ou melhor fruto da relação lésbica entre Paulo Portas e José Castelo Branco
- Eras uma bela pessoa…
- Podia ser clonado...e vendido com peru de natal fomentava a economia do país
- E se fomentavas!
- Essa merda de concordares com tudo o que eu digo é um bocado parvo
- Pois é…
- Gostas mais do Pai Natal ou do ovo da Páscoa??
- De nenhum
- Pois eu também gosto muito da Isabel Figueira, é uma coisa assim intelectual
- Muitíssimo não haja duvidas
- Gosto da coerência do teu discurso vamos beber um copo?
- Não bebo copos, não saio a noite, nem de dia
- E não és nada pretensiosa
- Nada mesmo, sou freira!
- Sempre tive fantasias com uma freira
- Eu não
- Mas olha que devias tentar, é giro...tal qual comer uma taça de arroz doce quente
- Gosto mais de aletria
- Gostava do “Conversa Afiada”...também tenho saudades do Joaquim Letria
- Não gosto dele tem barba…
- Pois...estamos na era dos órgãos genitais rapadinhos...agora os meninos dizem.." não gosto tem pelo"
- Bem... vou indo, Feliz Natal
- Feliz Natal que o Joaquim Letria te traga muitas prendas

15 de novembro de 2004

Eu que não existo...
Sou vazio na mascara do que não sou
Protótipo deformado.
De teu projecto inacabado.
Sou produto de tua indefinição...
Um deus cobarde e inseguro,
A qual amas as vestes de fantoche...

Grito!
No desejo de uma Puta virgem e fiel...
Tu...inconstante
Mais cabra do que desenhei...
E odeio-te

Na lama morres só...
Eu morro de nojo de mim
Na vala comum, meu corpo sobre o teu
Suspiro e digo-te que sempre te amei...
Enchendo-te quando já nada és...

24 de setembro de 2004

Ontem reparei na rua velha na mal tratada porta 33 com bonito letreiro “Abri-mos Amanha”.
Curioso.
Hoje já é amanha.
O Letreiro foi substituído por um coma inscrição “Loja do Tempo”.
Entrei.
Sala quase deserta, um foco de luz, 4 letreiros:
- Vendo tempo barato
- 1 dia 5 Euros
- 1 Semana 25 Euros
- 1 Mês 60 Euros

Pois é Garibaldo, vendes-te a tua vida a miséria em troca do tempo.
Agora o Tempo está em época de saldos.
Mata-te.

20 de julho de 2004

Congelas o feijão!?

Sou uma ventoinha no dia de frio, IRRA!!! O feijão preto não vai nada bem com a minha camisa verde...

18 de junho de 2004

Bomboca

- Olá Zé Bogada Bogalho...
- Atão??
- Hummmmmm..."Atão?"... Atão...abreviatura para grande átomo...componentes físicas...física, química...química, explosivos....andas a planear um atentado bombista?

8 de junho de 2004

Não são permitidas enxaquecas, ou corrimentos anormais

Sentado no passeio ao fundo da rua quase adormecia quando uma folha de jornal chocou brutalmente com o meu rosto...

“Homem com posição segura, profissão respeitada, procura senhora com educação antiga, que se realize com os serviços domésticos e que abra as pernas ou se ponha de quatro sem reticências sempre que o seu respeitoso marido assim solicitar. Não lhe deixarem faltar dinheiro para encher as dispensas, e na época de saldos terá um bom orçamento para na Modalfa comprar os seus decentes trajes ( sujeitos a minha aprovação). Obviamente que sempre que o Benfica não ganhar ou eu chegar a casa com um grau de álcoolemia satisfatório, a minha senhora levara um arraial de porrada,porometendo o cuidado de não deixar marcas.
No dia internacional da mulher terá a liberdade de se reunir e jantar fora coma as vizinhas do prédio, podendo ficar ausente sem punição até ás 23 horas.

P.S. Não são permitidas enxaquecas, ou corrimentos anormais. Solicito foto no primeiro contacto.”


Ai Garibaldo!
Ainda a homens neste teu Putugaldo!

Sou um poeta!

31 de maio de 2004

Personalidade forte

- Acho-te egocêntrico Garibaldo… mas não tem de ser necessariamente mau. - Dizia Manuela Carola, depois de dar mais um trago na garrafa de abafado e enrolando-se a mata rota que a cobria da geada.
- Sim....talvez em determinadas situações, em determinados pequenos mundos, sempre com a consciência de que isso é uma nódoa em mim.
- Não é nódoa, determinadas situações o não ser egocêntrico é ser estúpido, ninguém vai ser altruísta por ti.
- Pareces-me com razão, Manuela Carola, eu não sou egocêntrico sou um animal estúpido… nas situações em que o egocentrismo deveria racionalmente imperar ele retrai-se e reprime-se.
- O homem é um animal estúpido, nada a fazer…mas um dia havemos de aprender,
- Esse “havemos…”, sabes o que me preocupa é encontrar vazio nas coisas que faço, e pensar nas que deixo por fazer, amanhecer sempre da mesma forma e repetir-me nas promessas vãs de mudança, sempre que me escuto sinto-me um disco riscado, repetido,sem espaço para novas musicas, perdendo-me em letras que sei de cor e matado a inspiração de escrever novas…
- Eu não prometo nada a mim própria, eu quando decido que mudo, mudo mesmo. Repara á 2 meses decidi que deixaria a aguardente e passaria para o abafado, e aqui esta ele.
- Pois... a quem chame a isso de personalidade forte eu acho que é mesmo, mas talvez não seja. Personalidade forte é a minha porque mesmo com luta árdua na a consigo dobrar.

26 de maio de 2004

Mais Raros Momentos de Lucidez

A nosso memória é uma puta embriagada, deixa-nos embrides, presos a factos imagens cheiros e sentimentos que na realidade não aconteceram, quantos choraram pelo passado, que na existência vivida afinal nos pareceu até uma pouco azedo...

24 de maio de 2004

Outros Raros Momentos de Lucidez

Não existe nada de mais complicado que a simplicidade, amo apenas e só as coisas simples, e enlouqueço na complexidade que s e torna alcança-las...
Foda-se tenho de consultar o meu psiquiatra ando a dizer umas merdas com sentido..

20 de maio de 2004

5 meses depois da bruxa má me ter transformado numa laranja em forma de pirâmide com sabor a maça a branca de neve descasco-me